Ao menos onze famílias cristãs tiveram que fugir de casa
Em dezembro de 2024, Susi* e outras onze mulheres perderam tudo por causa da perseguição no México. Na semana do Dia da Eliminação da Violência contra a Mulher, compartilhamos a história de nossas irmãs na fé e como você pode apoiá-las.
Ainda estava escuro quando, em 3 de dezembro de 2024, na comunidade de Corazón de la Sierra, Sudoeste do México, tiros romperam no silêncio da montanha. Em poucos minutos, o mundo da cristã desmoronou: seu marido foi assassinado diante de seus olhos, sua casa incendiada e sua plantação de café reduzida a cinzas.
Não houve tempo para despedidas nem mesmo para olhar para trás. Mas a tragédia não atingiu apenas Susi. Naquela mesma manhã, outras onze mulheres viveram o mesmo pesadelo. Todas perderam seus maridos. Todas fugiram.

“Eles levaram nossas casas, nossas terras, nossos animais. Não podemos voltar. Temos medo que levem nossos filhos”, recorda uma delas. Suas vozes ecoam a dor de inúmeras mulheres deslocadas no México despojadas de seus lares, meios de subsistência e segurança. Embora o conflito tivesse raízes políticas e criminosas, o fator religioso ainda é relevante. Uma sobrevivente explicou em voz baixa: “Se não fôssemos cristãos, talvez eles não tivessem feito isso conosco”.
Esperança para mulheres cristãs perseguidas no México
À sombra da tragédia, uma luz começou a brilhar: a cozinha comunitária Mesa de Esperanza (Mesa de Esperança, em português) tornou-se um refúgio. Liderada por Ramiro*, um cristão local dedicado, e com o apoio da Portas Abertas, o projeto transforma a vida de mulheres cristãs perseguidas.
“No começo, elas não confiavam em nós. Elas tinham medo de que estivéssemos envolvidos com os criminosos. Não falavam nem olhavam para nós. Mas, com o tempo, isso mudou. Agora, elas se sentem mais seguras, mais apoiadas.”
A Portas Abertas, que atua em outros 70 países onde cristãos são perseguidos, começou a apoiar o projeto com alimentos, cobertores, fogões, móveis e aconselhamento pós-trauma. Oferecemos também atividades para crianças e treinamento de preparação para a perseguição chamado Permanecendo Firme em Meio à Tempestade. Saiba mais sobre nosso trabalho no Relatório de Impacto 2025.
Rogelio* e Marisol*, parceiros locais da Portas Abertas, também têm visitado regularmente as mulheres deslocadas. Durante as visitas, eles compartilham testemunhos de fé, vídeos e ensinamentos sobre a cura interior que vem de Deus. Embora muitas mulheres permaneçam quietas e reservadas, pois o trauma ainda é profundo, elas expressam gratidão pelas visitas. “Gosto quando eles vêm. Me faz sentir que não estou sozinha”, disse uma das cristãs apoiadas.
Apesar da dor, as mulheres cristãs começaram a reconstruir suas vidas. Algumas fazem tortillas para vender; outras cuidam dos filhos e do lar, encontrando pequenas formas de sustentar suas famílias. “Apesar de tudo – a violência, a perda, a perseguição –, essas irmãs se levantam todos os dias com coragem, alimentam seus filhos, procuram trabalho e continuam com o pouco que têm”, relata Ramiro, líder do projeto. Isso é possível graças ao seu apoio.
*Nomes alterados por segurança.
Apoie famílias cristãs perseguidas na América Latina
Por amor a Jesus, famílias cristãs perdem tudo no México. Seu apoio é essencial para que nossos irmãos na fé tenham o sustento de que precisam para sobreviver em meio à perseguição. Ajude!







