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Solução é a mais segura”: comissão aprova PL que proíbe aborto depois da 22ª semana

A Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira, 15, o Projeto de Lei 2.524/2024, que proíbe a prática de aborto a partir da 22ª semana de gestação. A matéria, de autoria do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), foi relatada pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE).

Em sua fundamentação, o relator argumentou que a proposta reforça dispositivos constitucionais que garantem o direito à vida e alinha-se com o Código Civil (Lei 10.406/2002), que reconhece direitos ao ser humano desde a concepção.

O projeto estabelece a antecipação do parto como procedimento alternativo nos casos em que a legislação atual permite a interrupção da gravidez, desde que haja viabilidade de sobrevida fetal fora do útero.

“O projeto estabelece que, nos casos em que a lei permite a interrupção da gravidez e há viabilidade de sobrevida fora do útero, o procedimento é a antecipação do parto”, declarou Girão. “Essa solução é a mais segura e adequada para a gestante e evita a prática da assistolia fetal.”

Principais alterações propostas

O texto aprovado prevê modificações no Código Civil, incluindo:

  • Reconhecimento do valor da vida humana antes e depois da implantação do embrião
  • Presunção absoluta de viabilidade do feto a partir da 22ª semana
  • Proibição do aborto após esse período, exceto em casos de risco comprovado à vida da gestante
  • Garantia de parto antecipado com preservação da vida fetal
  • Ampliação dos direitos de personalidade a fetos e natimortos
  • Dever do Estado, sociedade e família de proteger fetos e recém-nascidos

Disposições sobre casos específicos

Em situações de estupro, mantém-se a permissão para interrupção da gestação até a 22ª semana, com garantia do nascimento do feto e opção de entrega para adoção.

Para casos de anencefalia, o projeto determina que, após a 22ª semana, a equipe médica poderá realizar o parto sem indução da morte fetal, desde que a gestante apresente estabilidade clínica, mesmo na ausência de expectativa de sobrevida do feto.

A proposta segue agora para análise da Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, próxima etapa do processo legislativo. Com informações: Oeste.

Fonte: Tiago Chaga

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